História
A Associação de Badminton de São Miguel foi fundada no dia 29 de Setembro de 2005.
Antes dessa data, o Badminton não existia em São Miguel e só era praticado de forma esporádica em algumas aulas de Educação Física.

A ideia surgiu depois dos principais entusiastas da altura, Rui Costa e Rui Abreu, terem verificado que o Badminton não tinha quadro competitivo nem qualquer forma de desenvolvimento em São Miguel, apesar dos inúmeros interessados na sua prática, como tinha sido constatado ao longo dos anos e em diversas escolas.

Em Julho de 2005 foram contatados todos os responsáveis pelos Clubes Desportivos Escolares de São Miguel, a fim de averiguar do eventual interesse em abrirem núcleos de Badminton nos seus clubes, já que havia a convicção de que teriam que ser estes os pioneiros da modalidade em São Miguel.

Sem surpresas, houve algumas respostas positivas. As suficientes para prosseguir.

O mais interessado foi o professor Pedro Afonso, então presidente do Clube Desportivo Escolar da Maia. Ele próprio já tinha tentado trazer a São Miguel um Curso de Treinadores, e estava no bom caminho para o realizar. Só abandonou a ideia porque, mediante as circunstâncias, fazia mais sentido que as questões do Badminton passassem pela recém formada Associação.

Em Outubro de 2005 houve a primeira reunião entre a Associação de Badminton de São Miguel e os responsáveis pelos clubes interessados (Clube Desportivo Antero de Quental, Clube Desportivo Escolar da Maia, Clube Kairós, Clube de Atletismo da Lagoa e Clube Desportivo da Escola Preparatória de Capelas), realizada na Escola Secundária Antero de Quental.

Foram abordados diversos temas, entre eles a forma de competição a adoptar e o regulamento que lhe daria suporte.


No dia 26 de Novembro de 2005 realizou-se o primeiro torneio, no Complexo Desportivo das Laranjeiras. A participação ultrapassou as expectativas, de tal forma que esse torneio teve que ser terminado no dia 10 de Dezembro.

As condições para a prática da modalidade eram bastante deficitárias. Não havia campos marcados e, durante toda a 1ª época, os responsáveis marcavam os 6 campos de cada torneio com fita adesiva, antes do torneio iniciar-se, numa rotina que resultou em pleno, mas que também deu muito trabalho.

Não havia aparelhagem de som para a chamada dos atletas e o programa de gestão dos torneios foi elaborado em Excel pelos próprios, para as necessidades da época.
Os jogos eram disputados de forma contínua em 2x5’, sem limite de pontos.
Era a forma encontrada para fazer face ao pouco tempo disponível para realizar todos os jogos.
Esse sistema foi progressivamente alterado, até se chegar ao sistema oficial, há já alguns anos.

Em Janeiro de 2006 realizou-se o primeiro Curso de Treinadores de Nível 1. Esteve presente o principal preletor da Federação Portuguesa de Badminton – prof. Jorge Cação, acompanhado por um ex-atleta Olímpico e professor de Educação Física – prof. Ricardo Fernandes.
O curso foi um sucesso, com 25 formandos, quase todos professores de Educação Física.
Desde então, a experiência repetiu-se, invariavelmente com sucesso, de tal forma que, em poucos anos, foram realizados 14 cursos, abrangendo mais de 200 formandos.

O passo seguinte foi a marcação de campos de Badminton nos pavilhões de São Miguel. Felizmente foi obtida autorização para fazê-lo em quase todos os pavilhões existentes na altura, de tal forma que passámos de cerca de 15 campos para mais de 120 em São Miguel.
Esse trabalho foi realizado exclusivamente pelos responsáveis da ABSM e foi fundamental para o desenvolvimento da modalidade.

Simultaneamente procedeu-se a um trabalho de divulgação do Badminton, através de demonstrações nas escolas, tendo sido um enorme sucesso. Esta prática tem-se mantido ao longo dos anos e é obrigatória para a ABSM, já que o Badminton não tem a mesma visibilidade que outras modalidades. Para além de praticar-se indoor, é pouco lecionada na maioria escolas, pelo menos de forma sistemática, já que os programas apenas comtemplam o Badminton como modalidade alternativa, por isso é frequente verificar-se um profundo desconhecimento da realidade do Badminton.
Contudo, essa realidade tem-se alterado aos poucos em São Miguel, fruto de todo o trabalho de quase 10 anos.


A participação nos torneios nacionais iniciou-se de forma esporádica e com poucos atletas.
O primeiro atleta da ABSM a participar no Circuito Nacional foi o Joaquim Pavão, da Academia de Badminton Tetrapi que, durante duas épocas, participou em todas as etapas do Circuito Nacional de sub-15 e sub-17, com resultados bastante satisfatórios, beneficiando também da experiência competitiva que essas competições proporcionam.

Essa experiência foi transmitida aos restantes atletas da ABSM, tanto nos torneios internos, como nos treinos do respetivo clube e tornou-se numa das principais formas de incremento da qualidade técnica em São Miguel.

Seguiu-se o atleta Alexandre Cabral, do Clube Atlético de Rabo de Peixe, com diversas participações no Circuito Nacional dos escalões de sub-15 e sub-17, dando continuidade ao trabalho realizado com o atleta Joaquim Pavão.

Essas experiências foram extremamente importantes para que os atletas que nunca tiveram a oportunidade de competir noutro nível, pudessem observar e vivenciar um patamar completamente diferente e que não estavam habituados.

Posteriormente, a ABSM alterou a forma de participação nacional, optando por fazer-se representar apenas no Campeonato Nacional dos escalões de formação. Por um lado, limita a participação dos atletas de São Miguel apenas a uma competição nacional, o que condiciona o seu desenvolvimento mas, por outro lado, deixa de ser um benefício de um só atleta, dando oportunidade a outros de mostrar o seu trabalho e de aprender, competindo noutro nível.

A Associação de Badminton de São Miguel vai continuar a desenvolver o seu trabalho em prol dos atletas.

Os clubes, associações, federações, só existem porque existem atletas. Por isso, o nosso esforço tem que ser para eles.